A década de 1990 teve início sob forte influência dos protestos e debates que chegaram ao ápice nos “100 Anos da Falsa Abolição” quando as lideranças negras que emergiram das ruas denunciaram a exclusão e a falta de acesso às oportunidades sociais para a população negra. Além das denúncias e mobilizações político-culturais, surgiram iniciativas de realização de estudos e pesquisas sobre o racismo no Brasil, dentro e fora das universidades.
As políticas de ação afirmativa, em especial, a reserva de vagas para estudantes de graduação em universidades públicas brasileiras, marcaram os anos 2000. Após a realização da Conferência da ONU contra o racismo e outras formas correlatas de discriminação, que ocorreu em 2001, na África do Sul, ocorreram debates e surgiram experiências inovadoras voltadas, especificamente, para o combate às desigualdades raciais no ensino superior.